terça-feira, 28 de abril de 2009

Alegria versus violência

Como estão passando a semana? Só alegria? Afinal fizemos história no domingo, fomos testemunhas oculares de um show memorável do Cruzeiro sobre o seu eterno rival. (rival?). O fato é que vivemos um momento mágico, quanto a isso não há duvidas.
Bem, mas não é sobre isso que pretendo falar hoje. O meu tema vai mais a fundo sobre certas questões sociais. Hoje vivemos uma inversão de valores tão monstruosa que, honestamente, não sei nem se existem mais isso que se chama de valor. Nossa sociedade está calcada, sedimentada na hipocrisia de um modo quase irreversível. O futebol como parte de nossa cultura, não se furta a tal falsidade.
Falemos mais diretamente do jogo de domingo. Ora, Kleber fez o gol e num momento difícil da partida, quando o time alvinegro era melhor em campo. O gol, como todos bem sabem, é um momento sublime. Se para você, torcedor, o gol é um momento de eternidade, imaginem para quem está em campo, lutando contra tudo e contra todos para anotar o tento. Pois vejo que a comemoração de Kleber foi uma brincadeira, uma demonstração de alegria, coisas tão inerentes ao futebol, mas que pretendem destruir.
Os engravatados do futebol preferem condenar a alegria. A imprensa utiliza desse fato para vender jornais, como se Kleber fora um criminoso. Não se pode mais extravasar um gol. A alegria deve ser contida e se resumir a abraços e tapinhas nas costas. Querem acabar com a graça do jogo. Por outro lado, pouco se fala da violência que assola o futebol dentro de campo. De acordo com alguns, Kleber deveria vir a público pedir desculpas pelo seu ato “criminoso”, mas Renan e Rafael Miranda não. Estes estão impunes, uma vez que nada fizeram, apenas desceram a botina no advesário de forma desleal. Só foram expulsos depois de muita insistência em jogadas violentas.
Alguns gentlemans querem que Kleber seja punido pela comemoração “desrespeitosa”, mas não citam, em momento algum, a violência aplicada pelo Atlético no campo. Realmente está tudo muito virado. Euquanto punem-se a alegria, permitem-se que pernas sejam quebradas, ligamentos rompidos e aí fica tudo bem. Com isso, o futebol está ficando cada vez mais chato e afastando mais e mais famílias dos estádios.
Amigos, devemos procurar diferenciar as coisas. A violência é o extremo inverso da vida. Devemos sim, punir as agressões que existem dentro e fora de campo, prender esses delatores que se disfarçam de torcedores e jogadores, mas jamais devemos condenar a alegria.
Tudo isso me faz lembra John Lennon que, celebremente, disse: “Enquanto os bandidos estão soltos na rua, temos que nos esconder para fazermos amor.”

OFF TOPIC - Laterais.

O Cruzeiro está muito próximo de acertar a contratação dos laterais esquerdos Athirson, que estava na Portuguesa, e Radar do Ituiutaba. Este deverá ser repassado para o Ipatinga e disputar a série B, aquele deverá ser inscrito na Libertadores no lugar de Fernandinho. Tudo a se resolver ainda essa semana.

OFF TOPIC 2 - Patrocínio.

O Cruzeiro terá apenas mais o jogo de domingo contra o Atlético para estampar o patrocínio da camisa do Laboratório EMS, parceiro antigo do Cruzeiro. Antes do primeiro jogo havia uma proposta do Banco BMG para patrocinar as duas equipes durante as finais. O Cruzeiro aceitou, mas o Atlético, sabe-se lá por que cargas d’água, não aceitou. O patrocínio do BMG representaria R$450 mil para cada equipe. Com o “não” do Atlético, não houve acordo. Não foi divulgado o valor que o Cruzeiro receberá pelo patrocínio da EMS

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