Bi aumenta a cobrança por títulos de expressão

Raposa não conquista um título nacional desde o Brasileirão de 2003

Tudo azul no Cruzeiro com mais um título estadual. Neste domingo, o time conquistou o bicampeonato contra o Atlético-MG, após segurar o empate em 1 a 1 . É a taça de número 36 do clube no Mineiro. Na temporadada 2009, é o segundo caneco. Em janeiro, o time comandado por Adilson Batista foi o melhor do Torneio Verão, disputado no Uruguai.
- É o reflexo do trabalho de um ano e quatro meses, da manutenção do elenco e da estrutura do clube - avaliou Adilson.

Adilson Batista comanda um dos melhores times do Brasil e busca um título expressivo na carreira

Além de festa, os bons resultados geram cobranças, principalmente para o técnico. É isso mesmo. Em um ano e quatro meses de trabalho, é o terceiro título do ex-zagueiro no comando do grupo celeste. Além das conquistas deste ano, Adilson foi campeão mineiro no ano passado.
Por outro lado, desde 2003, quando foi campeão brasileiro, o time não conquista um título nacional. Foi o primeiro ano dos pontos corridos. Nas últimas temporadas, tem feito boas campanhas e conseguido a classificação para a Libertadores, mas para por aí.
Vi uma evolução no time, estamos com padrão de jogo. Os jogadores cresceram e amadureceram. Somos competitivos. No Brasileiro, vamos dar uma resposta. Na Libertadores, tivemos dificuldades e jogamos bem. Vencer e convencer é importante para dar sequência."
- O melhor campeonato é o Brasileiro, a Libetadores é difícil. Algumas agremiações sempre chegam. Peguem os campeonatos de pontos corridos e vão ficar sempre os mesmos times na parte de cima. É difícil ganhar - analisou o técnico.
O presidente do clube, Zezé Perrella, concorda. Para ele, o Cruzeiro vai entrar no Brasileirão mais uma vez entre os favoritos, mas ainda sem ter passado por um verdadeiro teste.
- Ganhar o Brasileiro é muito difícil. Mas o Cruzeiro vai sempre brigar. Ganhamos em 2003, fizemos uma boa campanha no ano passado e por detalhes não vencemos. Para mim, tínhamos time, mas não deu e perdemos. Considero que o Cruzeiro estará entre os quatro este ano. Não provou que pode isso ainda, mas pelo menos no papel tem condições - comentou.
Adilson sabe que o reconhecimento do trabalho que desenvolve passa pelas conquistas

- Sempre importante. Título é sinal de trabalho e valorização. Dedicação naquilo que você faz. A gente quer o reconhecimento e ele vem com conquistas O importante é estar na decisão. Ano passado, saímos nas oitavas da Libertadores. Fizemos um grande jogo contra o Boca Juniors aqui no Mineirão. No Brasileiro, perdemos um jogo na Arena da Baixada, outro para o Goiás, contra os reservas do Inter, para o Náutico, o confornto com o Palmeiras aqui em Belo Horizonte. A direção deve analisar. Até hoje eu não fui mandado embora. Alguma razão tem. Vi uma evolução no time, estamos com padrão de jogo. Os jogadores cresceram e amadureceram. Somos competitivos. No Brasileiro, vamos dar uma resposta. Na Libertadores, tivemos dificuldades e jogamos bem. Vencer e convencer é importante para dar sequência - ressaltou.
O técnico tem o apoio e a admiração dos jogadores celestes. É o caso do volante Fabrício, um dos atletas do elenco que há mais tempo trabalha com o comandante.
- O trabalho dele é excelente, os números falam por si. Tenho aprendido com o Asdilson. Espero que consiga um título de expressão para ele se firmar como um grande técnico no nosso país - comentou.
Para Ramires, nenhum técnico supera o dele na atualidade.
- O Adilson é um excelente treinador. Um cara inteligente, sabe como a equipe tem que jogar, conhece todos os adversários. Falo isso há muito tempo. Para mim, é o melhor do Brasil na atualidade – elogiou.