Com gols e estilo guerreiro, Kléber vira xodó da torcida

No entanto, atacante ainda convive com a fama de jogador esquentado

Kléber tem demonstrado preocupação em não ser expulso e prejudicar o time durante os jogos

Ele chegou cercado de expectativas, estreou, fez gols, foi expulso, assustou e conquistou o coração da torcida do Cruzeiro. Em quatro meses na Toca da Raposa, Kléber já pode contar bons e maus momentos com camisa celeste. Campeão mineiro pelo clube neste domingo, com o empate em 1 a 1 com o Atlético-MG, o Gladiador comemora o primeiro título em Belo Horizonte. A alegria foi quase completa. O camisa 30 fez 13 gols na competição e foi vice-artilheiro, com seis a menos que Diego Tardelli
É, sem dúvida, o destaque de uma campanha sem deslizes. Agora, a meta é conduzir o time às finais da Taça Libertadores e ao título do Brasileirão. O jogador comemora a chance de deixar recordações.
- Um título sempre significa muito. Estamos gravados na história do clube, na memória do torcedor como o time que ganhou o campeonato invicto em 2009 - disse.Nos treinos e jogos, Kléber é o centro das atenções. Crianças, adolescentes, principalmente as meninas, e adultos são fãs do Gladiador. Um apelido dado por um radialista de São Paulo e que combina com o estilo de jogo do atacante.
- O Kléber é um excelente jogador, dispensa comentários. Várias equipes gostariam de contar com ele. Mas o Cruzeiro fez um contrato e esperamos contar com ele por muito tempo. Vem arrebentando. Ao contrário do que as pessoas pensam, é tranquilo, amigo, gente boa demais. Sempre que entra em campo dá o melhor, raçudo. É bom contar com ele - comentou o lateral-direito Jonathan
Aos poucos, o atacante de 25 anos tenta desfazer a imagem de jogador esquentado que começou no ano passado, quando defendia o Palmeiras, e continuou no início desta temporada com a camisa do Cruzeiro. As duas expulsões na Libertadores, contra Estudiantes (nas estreia dele no time) e Universitario de Sucre, da Bolívia, atrapalharam um pouco, mas a versão light do Gladiador ganha força. Nos dois últimos jogos, passou por bons testes de provocações e se saiu bem. Ele sabe que não pode deixar que a fama de destemperado supere o talento que tem ao encarar os zagueiros. - Não sou expulso há vários jogos. Não sei se vou ser lembrado pelos meus gols ou pelas expulsões. Tenho que continuar o meu trabalho, manter a tranquilidade para não prejudicar a equipe. Sei das repercussões negativas dessas expulsões. É preciso ter consciência. Não que eu não tivesse, mas tenho botado isso na cabeça - afirmou.