Bob Faria, comentarista da Globo Minas e do SporTV, fala sobre cada setor
Os jogos de ida das duas últimas decisões do Campeonato Mineiro foram decisivos para os arquirrivais Cruzeiro e Atlético-MG. Em 2007, o Galo aplicou uma goleada por 4 a 0, em jogo que custou até a saída do técnico Paulo Autuori da Raposa, antecipando a última conquista estadual alvinegra. No ano seguinte, em 2008, foi a vez de o time celeste atropelar o adversário com um 5 a 0 que sacudiu as estruturas do Alvinegro. Por isso, o GLOBOESPORTE.COM conversou com o comentarista Bob Faria, da TV Globo Minas e do SporTV, para fazer uma análise comparativa das duas equipes que dividem os corações de Minas Gerais e que vão decidir mais um título a partir deste domingo, às 16h (de Brasília), no primeiro de dois duelos no Mineirão.
Goleiros
Na camisa 1, os mesmos arqueiros voltam a se encontrar um ano depois. Fábio, pelo Cruzeiro, e Juninho, pelo Atlético, revivem o duelo de 2008. Para Bob, o goleiro celeste tem vantagem sobre o colega. - O Cruzeiro tem um goleiro brilhante, que é melhor que todos os outros do estado. Acho que Juninho, embora tenha a confiança do técnico Leão, é de nível médio – disse Bob Faria. QUEM LEVA A MELHOR: Cruzeiro
Defesa
Leo Fortunato: destaque celeste
É um setor problemático para os dois times. No caso do Cruzeiro, a zaga depende muito da cobertura dos volantes. No Galo, embora a marcação seja mais forte, a situação é semelhante em relação ao veterano lateral-esquerdo Júnior, que fica mais livre de cumprir funções de marcação. - Na Raposa, o combate é feito na grande área, já que os dois laterais saem muito para o ataque. Os zagueiros (Leo Fortunato, Leonardo Silva) ficam dependendo do Marquinhos Paraná, do Henrique ou do Fabrício. Não é a melhor parte do time. No Galo, Marcos melhorou após a geladeira, mas o Leandro Almeida ainda precisa de um bom companheiro. Marcos Rocha (lateral-direito) é uma aposta, mais ainda é muito garoto – diz o comentarista. QUEM LEVA A MELHOR: Cruzeiro
Meio-campo
Marquinhos Paraná: peça importante
O setor de criação é uma das especialidades do lado azul da decisão mineira. Segundo Bob Faria, este setor cruzeirense é um dos melhores do Brasil. Especialmente por causa de Ramires e Marquinhos Paraná, este, na opinião do analista, um dos mais importantes no esquema de Adilson Batista. - O Paraná não só orienta bem a marcação. Mas também cobre os laterais e, se precisar, vai para o jogo. Ramires vem de trás e ajuda na frente. Wagner não é mais a grande força do meio. A força celeste é o posicionamento dos volantes em relação ao Ramires. Porém, quando este é bem marcado, some completamente do jogo – diz Faria, apontando um ponto fraco celeste. No Galo, o meio-campo fica na dependência da função tática de Carlos Alberto, a mola-mestra do time, que tem bom desempenho tanto na criação, quanto na marcação. - Carlos Alberto cobre a subida dos laterais quando estes sobem. Quando não, ele mesmo deixa chega mais perto de Lopes, que ainda não achou a sua função de armador. Ele ganha sempre no corpo, não é um grande driblador e não pensa tão rápido. Fica na função de pivô – diz ele sobre Lopes.
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